domingo, 1 de setembro de 2013

Reflexão sobre altruísmo e egoísmo

"Que tempos são estes, em que temos que defender o óbvio?" (atrib. a Bertold Brecht)

Numa coletividade em que cada indivíduo age apenas para o seu próprio bem, cada indivíduo tem somente a si para agir em seu benefício.


Numa coletividade em que cada indivíduo age para o bem dela, cada indivíduo tem a todos desta coletividade a agir para benefício dele.

A conclusão é simples: quando todos agem para o bem da coletividade, todos agem para o bem de cada indivíduo desta coletividade. Todos se beneficiam. Simples assim!

"Seja altruísta, mesmo que seja por egoísmo." (Nelson M. Silva)

Pense nisso!

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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

XVI Bienal do Livro - Rio 2013

Fatos e Ângulos fará a cobertura da XVI Bienal do Livro que será realizada no Riocentro.

Esta cobertura tem o objetivo de manter o leitor informado a respeito deste evento através da alimentação constante de notícias.

Evento: XVI Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro

Local: Riocentro - Rio de Janeiro
Av. Salvador Allende, 6555 (

Data: de 29/08/2013 (5ª) a 08/09/2013 (domingo)

Horário:
29/08/2013: 13h – 22h
De 2ª a 6ª: 09h – 22h
Fins de Semana: 10h – 22h


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Bienal do Livro

Livro


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Bienal do Livro (Site)

Bienal do Livro (Twitter)

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sábado, 20 de julho de 2013

Smartphones com dois chips SIM – Dual SIM

O público que necessita de smartphones com mais de um SIM card (SIM: Subscriber Identity Module – Módulo de identificação do assinante: chip necessário para efetuar ligações telefônicas e para utilizar internet 2G/3G/4G) tem à disposição para compra alguns dispositivos móveis com diferentes preços e características.

Em função dos critérios citados anteriormente, alguns destes dispositivos Dual SIM serão divididos, aqui, em 3 grupos (Obs.: levar em consideração que os preços foram verificados na data da publicação deste post).

No primeiro grupo estão 3 smartphones que apresentam valores maiores de frequência da CPU (GHz), maiores valores (GB) de memória RAM (processamento) e de memória de armazenamento interno . Estes detalhes são importantes para quem quer realizar trabalhos que exigem mais da CPU e para quem quer utilizar os dispositivos por mais de 1 ano sem travamentos (à medida que os Apps são atualizados eles consomem mais memória RAM e de armazenamento interno e, também, tornam o trabalho mais 'pesado' para os processadores).

Obs.: Veja outras especificações como câmera traseira e câmera frontal, medida da tela, resolução gráfica, versão do sistema operacional, presença de cartão de memória (microSD),...


Os smartphones do primeiro grupo são:

Motorola RAZR D3 (R$ 641,52 - R$ 729,00)
CPU: Dual core 1,2 GHZ
RAM: 1GB
Memória Interna (Armazenamento): 4GB (2,3 GB disponíveis ao usuário)
Bateria (carga): 2000 mAh
Para ver mais especificações, clique aqui! (Info)
Para ver mais especificações, clique aqui! (GSM Arena)


Samsung Galaxy Win Duos (R$ 879,12 - R$ 999,00)
CPU: Quad-core 1.2 GHz
RAM: 1GB
Memória Interna (Armazenamento): 8GB (sem informação da memória disponível ao usuário)
Bateria (carga): 2000 mAh
Para ver mais especificações, clique aqui!


Samsung Galaxy Gran Duos (R$ 1011,12 - 1025,77).
CPU: Dual-core 1.2 GHz
RAM: 1GB
Memória Interna (Armazenamento): 8GB (sem informação da memória disponível ao usuário)
Bateria (carga): 2100 mAh
Para ver mais especificações, clique aqui!

No segundo grupo estão 2 smartphones que fazem parte de um grupo com características intermediárias entre o primeiro grupo e o segundo grupo.

Os smartphones do segundo grupo são:

Motorola RAZR D1 (R$ 439,12 – R$ 549,00)
CPU: 1GHz
RAM: 1GB
Memória Interna: 4 GB (2,5 GB disponíveis ao usuário)
Bateria (carga): 1785 mAh
Para ver mais especificações, clique aqui!


Samsung Galaxy S Duos (R$ 703,12 – R$ 725,66)
CPU: 1GHz
RAM: 768MB
Memória Interna: 4GB (1,8 GB disponível ao usuário)
Bateria (carga): 1500 mAh
Para ver mais especificações, clique aqui!

No terceiro grupo, estão alguns smartphones conhecidos como smartphones de entrada.

Sony Xperia E Dual
LG Optimus L5 II Dual E455
LG Optimus L3 II Dual E435
Samsung Galaxy Y Duos
Samsung Galaxy Pocket Plus Duos
Samsung Galaxy Y Pro Duos QWERTY

Uma escolha consciente depende de informações e reflexões. É desta forma que se chega à conclusão a respeito do smartphone que apresenta o melhor custo-benefício para atender à determinada demanda. Pense nisso!


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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Desvendando a Barra da Tijuca e Jacarepaguá – A Baixada de Jacarepaguá em Livros

O livro Desvendando a Barra da Tijuca e Jacarepaguá, que está na 2ª edição, é de autoria dos geógrafos Valdeir da Costa Lobo e Luciana Araújo Gomes da Silva. O livro cobre uma diversidade interessante de aspectos da região. Aborda os limites geográficos da Baixada de Jacarepaguá, seus bairros e a divisão político-administrativa, a Pré-História da região, os primórdios da colonização, a história através da arquitetura, o primeiro aeroporto civil do Rio de Janeiro, a Barra da Tijuca dos primórdios até os anos 2000, dentre outros assuntos.

Os capítulos deste livro foram publicados inicialmente no Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá (http://jaajrj.com.br/blog/?cat=10) nas colunas de Luciana Araújo Gomes da Silva e de Valdeir da Costa Lobo (Val costa). O prof. Valdeir atualmente escreve, no mesmo jornal, a coluna Yakaré upá guá que tem foco em história e cidadania.

Para obter informações sobre a compra do livro, clique aqui. Segundo informação recente enviada pelo Prof. Valdeir, o livro pode ser comprado, também, na empresa Center Adrycopy, Rua Relvado, 64 – Loja A – Praça Nova Orleans, Taquara - Rio de Janeiro - RJ.

A valorização de trabalhos como este presente no livro, que é um trabalho de pesquisa, colabora para desenvolvimento local.


Boa leitura!


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Jacarepaguá – Baixada de Jacarepaguá

Livros sobre a Baixada de Jacarepaguá

Publicações sobre a Baixada de Jacarepaguá

Valdeir da Costa Lobo

Luciana Araújo Gomes da Silva


Veja mais informações em:

Barra da Tijuca e Jacarepaguá (Blog)

Barra da Tijuca e Jacarepaguá (Facebook) - Informações sobre a região
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Jacarepaguá de Antigamente – A Baixada de Jacarepaguá em Livros

No livro Jacarepaguá de Antigamente, o autor Carlos Araújo nos leva a uma viagem guiada por tempos que poderíamos dizer que são paralelos. Ele mostra os aspectos históricos e geográficos da região no presente e no contexto de uma época remota.
O livro é vendido, no formato eletrônico gravado num CD, pela empresa NB Cartuchos (Estrada dos Bandeirantes - 1430 - lj G -Mercadão de Jacarepaguá - Taquara - Rio de Janeiro – RJ – Tel. 3412-6364/6380)

Carlos Araújo é uma pessoa que "faz acontecer na Baixada de Jacarepaguá". Além de ser autor deste livro, Carlos Araújo tem uma coluna no jornal Nossa Bairro Jacarepaguá (http://www.nossobairro.net/carlosaraujo/), profere palestras e realiza visitas guiadas pela região para alunos de escolas públicas municipais.

Boa leitura!


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Jacarepaguá – Baixada de Jacarepaguá

Livros sobre a Baixada de Jacarepaguá

Publicações sobre a Baixada de Jacarepaguá

Carlos Araújo
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Enciclopédia dos Nomes de Ruas de Jacarepaguá – A Baixada de Jacarepaguá em Livros

No ano de 2012, Waldemar Costa publicou o livro Enciclopédia dos Nomes das Ruas de Jacarepaguá. Este material se encontrava, há muito tempo, em seu site (http://www.wsc.jor.br/).

Como o autor escreveu na apresentação, "o significado das ruas de Jacarepaguá nos leva ao mundo encantado da sabedoria humana". Esta é uma leitura indicada para aqueles que desejam conhecer o motivou os nomes das ruas da região. Tem muita coisa interessante.

O livro Enciclopédia dos Nomes de Ruas de Jacarepaguá pode ser comprado nos seguintes locais (informação no site do autor):

Ancsoft - Bazar e Papelaria - Rua Barão, 1049 (loja junto à Academia Mergulhe Fundo) - Praça Seca – Jacarepaguá

Papelaria Orange - Praça Valqueire, 8 loja H - Vila Valqueire – Jacarepaguá

Papelaria e Livraria - Avenida Geremário Dantas, 56 loja B (esquina com Rua Luís Cruls) - Tanque – Jacarepaguá

Poligráfica Bazar - Estrada Três Rios, 129 - Freguesia – Jacarepaguá

Bazar e Papelaria Nova Estoril - Praça da Taquara, 41 - Taquara - Jacarepaguá


Boa leitura!


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Jacarepaguá – Baixada de Jacarepaguá

Livros sobre a Baixada de Jacarepaguá

Publicações sobre a Baixada de Jacarepaguá

Waldemar Costa
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Aventura na História de Jacarepaguá – A Baixada de Jacarepaguá em Livros

(O Vale do Marangá e Imagens de Jacarepaguá)

O jornalista Waldemar Costa tem se dedicado de forma especial à região de Jacarepaguá. Além de ser responsável pelo desenvolvimento do jogo de Xadrez em Jacarepaguá - inclusive é autor do livro Epopeia do Campeonato Brasileiro de Xadrez, 1927-2008 – tem um site (http://www.wsc.jor.br/) e escreveu e publicou livros sobre Jacarepaguá. Um destes livros tem o título de Aventuras na História de Jacarepaguá. Nesta publicação estão reunidos dois de seus livros que foram publicados separadamente há alguns anos. Um deles é O Vale do Marangá e o outro livro é Imagens de Jacarepaguá.

Para escrever as páginas sobre O Vale do Marangá, bairro que conhecemos atualmente como Praça Seca, Waldemar Costa utilizou a História Oral.

As páginas referentes às Imagens de Jacarepaguá estão repletas de fotografias de uma parte mais abrangente dos bairros da região.

O livro Aventura na História de Jacarepaguá pode ser comprado nos seguintes locais (informação no site do autor):

Ancsoft - Bazar e Papelaria - Rua Barão, 1049 (loja junto à Academia Mergulhe Fundo) - Praça Seca – Jacarepaguá

Papelaria Orange - Praça Valqueire, 8 loja H - Vila Valqueire – Jacarepaguá

Papelaria e Livraria - Avenida Geremário Dantas, 56 loja B (esquina com Rua Luís Cruls) - Tanque – Jacarepaguá

Poligráfica Bazar - Estrada Três Rios, 129 - Freguesia – Jacarepaguá

Bazar e Papelaria Nova Estoril - Praça da Taquara, 41 - Taquara - Jacarepaguá


Boa Leitura!


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Jacarepaguá – Baixada de Jacarepaguá

Livros sobre a Baixada de Jacarepaguá

Publicações sobre a Baixada de Jacarepaguá

Waldemar Costa
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O Sertão Carioca – A Baixada de Jacarepaguá em Livros

Este livro, de autoria de Magalhães Corrêa, traz relatos, nas formas de textos e de imagens, que descrevem a região de maneira bastante peculiar. Tais textos e imagens foram inicialmente publicados no jornal Correio da Manhã nos anos de 1931 e de 1932. As lindas imagens foram feitas com bico de pena por Magalhães Corrêa que além de outras coisas era escritor e desenhista. As imagens não são apenas lindas, mas são importantes por relatarem a realidade da região numa determinada época.

O livro, que não é mais reeditado, pode ser baixado no formato de arquivo PDF no site do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB).

Índice: http://www.ihgb.org.br/rihgb/rihgb1933volume0167c.pdf

Livro: http://www.ihgb.org.br/trf_arq.php?r=rihgb1933volume0167.pdf


Boa leitura!


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Jacarepaguá – Baixada de Jacarepaguá

Livros sobre a Baixada de Jacarepaguá

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A Baixada de Jacarepaguá em livros

A história, a geografia, a ocupação da região, as questões sociais, a vida que pulsa, a divisão por Regiões Administrativas, os nomes das ruas, os rios e as lagoas da região, os engenhos e muito mais sobre a Baixada de Jacarepaguá estão registrados em livros por aqueles que têm um carinho especial pela região. Estes pesquisadores são Magalhães Corrêa, Waldemar Costa, Carlos Araújo, Valdeir da Costa Lobo e Luciana Araújo Gomes da Silva. Cada um destes pesquisadores é "gente que faz acontecer na Baixada de Jacarepaguá".

Conheça os livros com textos específicos sobre a Baixada de Jacarepaguá:

O Sertão Carioca
Autor: Magalhães Corrêa
(Clique aqui para ver o post)

Aventura na História de Jacarepaguá
(O Vale do Marangá e Imagens de Jacarepaguá
Autor: Waldemar Costa
(Clique aqui para ver o post)

Enciclopédia dos Nomes de Ruas de Jacarepaguá
Autor: Waldemar Costa
(Clique aqui para ver o post)

Jacarepaguá de Antigamente
Autor: Carlos Araújo
(Clique aqui para ver o post)

Desvendando a Barra da Tijuca e Jacarepaguá
Autores: Luciana Araújo Gomes da Silva
             Valdeir da Costa Lobo
(Clique aqui para ver o post)


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Jacarepaguá – Baixada de Jacarepaguá

Livros sobre a Baixada de Jacarepaguá

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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Smartphones – Acelerômetro

Um componente interno que facilita muito a vida do usuário de smartphones é o acelerômetro. Este sensor tem diversas aplicações nos dispositivos móveis (smartphones), dentre as quais:

- Trocar a apresentação, de forma automática, da imagem na tela entre modo retrato e modo paisagem, em função dos movimentos no aparelho. Isso facilita a leitura e a visualização de imagens quando esta troca se torna necessária.

- Uma das opções de silenciar o toque de despertadores nos smartphones é balançar o aparelho.

- Há aplicações em jogos e em aplicativos de GPS.

Portanto, se o parelho tiver acelerômetro, o usuário terá facilitada a visualização de textos e imagens.


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Smartphones – Cartão SIM

Single chip e Dual chip

Os smartphones, em função do número de cartões SIM (Subscriber Identity Module) – Módulo de identificação do assinante, com os quais são efetuadas as ligações telefônicas e com os quais são realizados os acessos à internet –, podem ser do tipo single chip (1 chip) ou do tipo dual chip (2 chips; os chips podem ser da mesma operadora ou de operadoras diferentes).


Dual SIM Standby e Dual SIM Full Active

Dentre os chamados dual chip, uma característica que não é muito detalhada, seja no manual do fabricante, na explicação do vendedor e até mesmo nos sites especializados é o tipo de dispositivo Dual SIM, ou seja, se ele é Dual SIM Standby ou Dual SIM Full Active. Nos dispositivos Dual SIM Standby, os dois chips ficam em standby, mas quando um está sendo utilizado, o outro não estará ativo. Nos dispositivos Dual SIM Full Active, os dois chips estarão constantemente ativos (usar internet num chip e ao mesmo tempo utilizar uma ligação telefônica no outro chip).

Há smartphones Dual SIM que permitem apenas que o chip1 seja o chip de dados (internet).


SIM card, microSIM card e nanoSIM card

Atualmente existem 3 tipos de cartões SIM em função do tamanho: cartão SIM, cartão microSIM e cartão nanoSIM (este último utilizado pelo iPhone 5).

Usuário ligado à informação é usuário conectado!


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Smartphones – Acesso à Internet

Uma das funcionalidades mais importantes dos smartphones é o acesso à internet.

A internet 4G está para chegar ao Brasil e alguns smartphones vendidos aqui (Samsung S4 4G, Samsung III LTE, iPhone 5, Lumia 820 LTE, Lumia 920 LTE, RAZR HD LTE, Optimus G e Xperiz ZQ) já têm condições de utilizá-la quando ela aqui chegar.

Outros smartphones utilizam internet 3G e 2G, além de acessar a internet por redes wi-fi.

Deve-se estar atento ao fato de que nem todo smartphone tem acesso direto à internet 3G. Alguns acessam, no máximo, a internet via redes wi-fi. Esta informação, de acesso direto à internet 3G, está na relação de especificações do aparelho.

Um outro ponto interessante, é a possibilidade de utilizar o smartphone como ponto de acesso à internet (wi-fi hotspot) por outros dispositivos móveis (smartphones e tablets). Neste caso, o smartphone com acesso direto à internet 3G pode servir de roteador para demais dispositivos móveis. Há para isso, uma limitação da quantidade de dispositivos ligados ao hotspot. É importante deixar claro, também, que o smartphone utilizado como ponto de acesso terá um consumo maior no uso da bateria e irá aquecer, dependendo do tempo de utilização.


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Smartphones - Câmera

Dentre as diversas funcionalidades integradas a um smartphone estão as de câmera fotográfica e de câmera filmadora. Os dispositivos móveis intermediários e os tops de linha (high-end) possuem câmera traseira e frontal. Os dispositivos móveis (smartphones) de entrada possuem somente a câmera traseira. Para que um smartphone realize chamadas de vídeo é necessário que ele tenha câmera frontal (este é o estágio atual; afinal, como estava escrito num texto que li: "isto não está escrito em pedra", ou seja, é possível haver mudanças).

Há smartphones com câmeras fotográficas traseiras com resoluções de 3MP, 3,1MP, 5MP, 6,1MP, 8MP, 12,1MP e 13MP. As câmeras fotográficas frontais apresentam resoluções de 0,3MP, 1,2MP, 1,3MP, 1,9MP, 2MP e 2,1MP. Quanto maior a resolução melhor a qualidade fotográfica.

Há smartphones com câmera filmadora traseira com resoluções de FULL HD (1080p a 30fps), HD (720p a 30fps) e resoluções menores, tais como: 320x240 px a 24fps, 320x240 px a 15fps e 480p a 30fps. Há câmeras filmadoras frontais com resolução de 1080p a 30fps (raridade), 720p a 30fps e 480p.

Em relação às câmeras, existem inúmeros avanços tecnológicos (fotos panorâmicas, dual Shot, dual-video rec., dual video call,...) mas que tornam os dispositivos móveis bem mais caros e obviamente os colocam numa especificidade de uso bem mais restrita (a não ser que alguém queira pagar por uma funcionalidade que não lhe é necessária; se assim for isto tem nome: desperdício).

Alguns smartphones possuem botão físico dedicado para a câmera, outros smartphones possuem um botão virtual que se localiza na tela. Há quem prefira o botão físico pela alegação de que, com este, há diminuição do risco de tremer as mãos na hora de fotografar.

Com informações as escolhas tendem a ser mais acertadas.


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Smartphones - Tela

O desenvolvimento das tecnologias empregadas nas telas de smartphones é algo muito interessante.

LCD e IPS

As telas de LCD (Liquid Crystal Display) fizeram parte do início da tecnologia dos dispositivos móveis. Como toda tecnologia - e como tudo na vida - as telas de LCD têm seus prós e contras. Um dos problemas a serem resolvidos neste tipo de tela era que a visualização do conteúdo era prejudicada à medida que o observador se afastava do ângulo de 90 graus em relação ao centro da tela, ou seja, à medida que ele a observava com outras inclinações. Para melhorar a visualização nesta condição, foi desenvolvida a tecnologia conhecida como IPS (in-plane switching). Com esta tecnologia, é possível visualizar melhor o conteúdo da tela por diversos ângulos sem que haja perda significativa de qualidade.


OLED

Uma tecnologia de tela que foi desenvolvida posteriormente foi a OLED (Organic Light-Emitting Diode) e muitos smartphones a utilizam atualmente. A visualização do conteúdo do display melhorou significativamente com esta tecnologia.


AMOLED e Super AMOLED

Como de praxe, o desenvolvimento contínuo gerou a tecnologia AMOLED (Active-Matrix OLED) e, posteriormente, a Super AMOLED.


Retina Display

Os smartphones da Apple usam telas conhecidas como Retina Display e estas possuem alta densidade de pontos.


TFT (TFT LCD, TFT AMOLED)

O TFT (Thin-Film Transistor) não é um tipo de tela, mas um tipo de transistores presente nas telas do tipo TFT-LCD e, também, do tipo AMOLED, que produz melhoria na qualidade das imagens.

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Touch screen - Resistivas e Capacitivas

Até agora, o foco deste texto foi a apresentação dos tipos telas. O próximo passo é mostrar que existem as telas sensíveis ao toque (touch screen) e as que não têm essa sensibilidade. As do tipo touch screen podem ser resistivas (as mais antigas) e capacitivas.

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Medida da diagonal (em polegada)

Atualmente existem telas de smartphones com medidas de 2,8", 3", 3,5", 4", 4,5", 4,7", 5", 5,5", dentre outros valores.

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Resolução e Densidade de pixels

Além da tecnologia empregada na tela (AMOLED, IPS,...) outros indicadores da qualidade da imagem são a resolução e a densidade de pixels.

Atualmente as telas apresentam altíssima resolução (1080 x 1920), outras altas resoluções (768 x 1280, 720 x 1280) e há outras resoluções abaixo destas (240x320, 320x480, ...). Quanto maior a resolução, melhor a qualidade da imagem.

Em relação à densidade de pixels (ppi, pixels por polegada), há telas com 127ppi, 233ppi, 306ppi, 326ppi, 332ppi e 441ppi. Quanto maior a densidade, melhor a qualidade da imagem.

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Outras características presentes nas telas de smartphones são as quantidades de cores (262 mil, 16 milhões) que, também, estão relacionadas com a qualidade das imagens a serem exibidas.

Quanto à resistência das telas em relação à quebra e a risco, alguns fabricantes utilizam a tecnologia Gorilla Glass que torna as telas mais resistentes.

Em um smartphone praticamente tudo se faz na tela ou tem início nela. Logo, a tela é um componente importantíssimo e o conhecimento a respeito dela pode levar à escolha do smartphone de forma a evitar decepções.


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Smartphones – Bateria

A bateria é um item crucial para os smartphones, ela é fundamental para a mobilidade. Sem uma bateria com autonomia (tempo que permanece carregada) satisfatória, a mobilidade fica comprometida e tais dispositivos seriam, então, melhor chamados de "dispositivos paradores", já que a curtos períodos de tempo teriam de parar para recarregar. Assim estariam mais para dispositivos imóveis do que para dispositivos móveis.

As baterias atuais do tipo íon-polímero (Li-Po) – utilizadas nos smartphones da Apple: iPhone 5, iPhone 4S e iPhone 4 - e íon Lítio (Li-Ion) – utilizadas nos smartphones dos demais fabricantes -, não apresentam o chamado "efeito memória", ou seja, elas não correm risco de ficarem "viciadas" como ocorria com as baterias antigas que eram do tipo Níquel-Cádmio (Ni-Cd). Sendo assim, a preocupação que havia com as baterias de Ni-Cd de somente carregá-las quando a carga das mesmas estivesse quase no fim e realizar o carregamento até alcançar 100%, deixa de existir com as baterias de Lítio. Estas podem ser carregadas a qualquer momento e não necessariamente até carga total. As orientações são que, ao menos, uma vez por mês, seja feito o carregamento de um ciclo completo, ou seja, descarregar e depois carregar a 100%.

Bem, sem a preocupação do "efeito memória", a atenção tem de estar voltada para outro ponto: a autonomia. Estar atento ao item bateria do smartphone a ser escolhido é importante para evitar decepções. Existem smartphones que têm baterias condizentes com o hardware e com as funcionalidades deles, ou seja, eles consomem muita energia, mas suas baterias são potentes (é claro que isso eleva o preço deles). O problema é quando o aparelho consome muita energia e a bateria dele tem baixa autonomia (é dor de cabeça na certa). A autonomia de uma bateria é função da carga que ela acumula para que depois seja liberada nos processamentos. Existem baterias com carga de 1.200 mAh, outras de 3.300 mAh, dentre outros valores.

As baterias dos smartphones ou são fixas ou são removíveis. Atualmente, a maioria dos smartphones tem bateria removível. Se a bateria é removível o próprio usuário poderá trocá-la se houver necessidade.

Estar informado sobre a relação entre o smartphone e a bateria dele pode fazer a diferença entre ser usuário de dispositivos móveis ou ser usuário de "dispositivos paradores".

Pense nisso!


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Smartphones – Memória: RAM, de armazenamento e externa

Para uso em dispositivos móveis existem três tipos de memória.

A memória RAM é a memória de processamento. O sistema operacional, os programas e os arquivos de dados em uso são carregados de onde estiverem para essa memória e a partir daí o processamento ocorre. É nessa memória em que arquivos de todos os tipos são alocados e realocados, num fluxo constante, durante o que conhecemos como processamento. Com esta informação, não é difícil compreender que se a quantidade de memória RAM for pequena, mais difícil fica o movimento desses dados. Esta dificuldade é algo parecido como a situação de alguém que tem um armário pequeno, mas que tem muitas coisas a serem guardadas nele. Cada deslocamento significa fazer uma nova arrumação no armário, o que é trabalhoso. Então, para escolher um smartphone é necessário fazer a seguinte consideração em relação à memória RAM: os programas que o usuário deseja "rodar", necessitam de espaço de processamento e a memória RAM do smartphone tem de atender a essa necessidade, caso contrário haverá travamentos, imagens reticuladas e outros incômodos durante o uso.

A memória de armazenamento, também chamada de memória interna, tem a função de armazenar arquivos (SO, aplicativos, arquivos de dados, configurações,...). Quanto maior essa memória mais programas poderão ser instalados.

A memória externa, atualmente utilizam-se cartões de memória microSD, é utilizada para armazenar diversos tipos de arquivos. A sua utilização desafoga a memória interna. Porém, deve-se estar atento, pois não são todos os smartphones que utilizam a memória externa.

Em relação às memórias RAM e de armazenamento, deve-se estar atento ao fato de que as atualizações dos aplicativos, inclusive do sistema operacional, fará com que eles ocupem um espaço maior do que eles ocupavam na época da aquisição do smartphone pelo usuário. Portanto, se for comprado um dispositivo móvel com capacidade de memória RAM e de memória de armazenamento inferior ao que é necessária, alguns problemas irão ocorrer:

- Faltará espaço para processamento na RAM o que causará os problemas já divulgados e algumas decisões desagradáveis terão de ser tomadas como, por exemplo, deixar de "rodar" alguns aplicativos que antes eram utilizados.

- Faltará espaço para guardar arquivos na memória de armazenamento e da mesma forma citada acima, algumas decisões desagradáveis terão de ser tomadas, como por exemplo, desinstalar programas e evitar instalar outros.

Portanto, na hora de escolher um smartphone, não esqueça a importância dos três tipos de memória.


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Smartphones – Chipset, CPU e GPU

No conjunto formado por chipset, CPU (Central Processing Unit) e GPU (Graphics Processing Unit) está o "cérebro" do smartphone. Eles são responsáveis pelo processamento e a utilização dos outros componentes dos dispositivos móveis.

A escolha de um smartphone deve levar em conta os processadores que o compõe e os aplicativos que serão utilizados, para que o processamento não fique pesado para os processadores, o que iria gerar travamentos, lentidão e problemas nas imagens. Portanto, quanto mais pesado o processamento, mais poderosos necessitam ser os processadores. Existem dispositivos móveis que são adequados a algumas operações. Isso parece óbvio, mas é bom ressaltar.


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Smartphones – Sistemas Operacionais

O sistema operacional (SO) é o programa sobre o qual um aparelho trabalha. O SO é programado para utilizar as potencialidades do hardware. Os fabricantes de smartphones escolhem o SO adequado, assim como a versão deste, para utilizar com o hardware do equipamento.

Atualmente (maio de 2013) são utilizados os sistemas operacionais Android do Google, o iOS da Apple, o Windows Phone da Microsoft e o BlackBerry OS da BlackBerry (antiga RIM). São aguardados os lançamentos de smartphones com o Ubuntu OS e Firefox OS.

O sistema operacional Android, em uso nos aparelhos de diversos fabricantes (Samsung, LG, Motorola, Sony,...), tem as seguintes versões sendo utilizadas: v2.3 – Gingerbread, v3.0/3.1/3.2 – Honeycomb, v4.0 - Ice Cream Sandwich e v4.1/4.2 - Jelly Bean.

O iOS, utilizado somente nos equipamentos da Apple, tem as seguintes versões sendo utilizadas: v6.1.4 no iPhone 5 e v6.1.3 nos outros smartphones da empresa.

O Windows Phone, em uso nos aparelhos da Nokia (série Lumia) e da Samsung (Ativ S, Omnia), tem as seguintes versões sendo utilizadas: v8, v7.8 e v7.5. Os aparelhos que utilizam as versões 7.x (7.8 e 7.5) não podem ser atualizados para a versão 8.

O BlackBerry OS, em uso nos aparelhos da própria BlackBerry, tem as seguintes versões sendo utilizadas: v10, v7.1, v6.0 e v5.0.

Um dos itens importantes para a escolha de um smartphone é o sistema operacional instalado nele. O SO deve ser levado em conta devido à facilidade de uso dele e pela existência de programas acessíveis que supram as necessidades do usuário.

Pense nisso!


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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Smartphone – Um dispositivo móvel, móvel!

Sem exageros e sem limitações excessivas, nem mais, nem menos. O smartphone é um dispositivo móvel; móvel! O que faz sentido é utilizá-lo em situações nas quais um dispositivo dedicado – este último, com muito mais condições - não puder ser utilizado (Ao menos enquanto as tecnologias de ambos estiverem como estão. No futuro, quem sabe?).

Olhar por este ângulo nos permite concluir o quanto é necessário o uso de smartphones na sociedade na qual vivemos.

É óbvio que estes dispositivos móveis têm vantagens e desvantagens se comparados com os aparelhos não integrados que os compõem. Uma filmadora, dedicada somente à gravação de vídeos, tem um produto final de melhor qualidade do que uma que faz parte de um pacote integrado como nos smartphones e isto é óbvio e ululante (lembrando a expressão muitas vezes utilizada por Nelson Rodrigues). Portanto, as vantagens do produto final dos dedicados sobre os integrados são claras. Porém, os integrados que têm como característica tudo num só, têm vantagens tais como a mobilidade – ter às mãos as ferramentas onde o usuário estiver – e poder ter, às mãos, uma série de ferramentas ao mesmo tempo (a integração). Ficam claras, portanto, a importância e as condições de uso dos smartphones. Sem exageros e sem limitações excessivas, nem mais, nem menos. Simples assim!


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Smartphone – O limite do necessário

Aqui, num texto anterior, foram expostas as diversas utilidades de um smartphone (telefone inteligente). Agora serão abordadas as funções deste dispositivo móvel que estão no limite do necessário, ou seja, as funções verdadeiramente necessárias, aquelas sem "perfumarias".

O ideal é que os usuários de dispositivos móveis saibam realmente quais são as funções que eles necessitam nesses aparelhos, ou seja, quais as verdadeiras demandas. Que eles reconheçam as tentativas de criação de demandas artificiais que, em verdade, elevam os preços dos aparelhos devido às inclusões de funções que são desnecessárias.

Existem aparelhos do grupo intermediário de smartphones que atendem muito bem a maioria dos usuários, sem que estes precisem comprar aparelhos que pertençam ao grupo high-end (topo de linha). Alguns aparelhos do grupo intermediário apresentam interessante relação custo-benefício e apresentam arquitetura condizente com a necessidade de uso: memória, processadores, tela, câmeras, bateria e aplicativos.

Por que comprar além do que é necessário?

Pense nisso!


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Smartphone – Um integrado com muitas utilidades

Para quem vive numa sociedade tecnológica e da informação, o smartphone (telefone inteligente) é uma ferramenta muito útil. Nele estão integradas diversas funções necessárias à sociedade na qual vivemos. É justamente nesta integração de funções úteis que está a importância deste tipo de dispositivo móvel. Cada smartphone tem um conjunto dessas funções. Alguns não apresentam a função de rádio comunicador (PTT - Push to Talk). Há aqueles que têm acesso à internet por wi-fi, mas não por 2G, 3G ou 4G. Portanto, antes de definir a compra de um smartphone é ideal procurar aquele que irá atender satisfatoriamente o que o usuário necessita e, para isso, é necessário conhecer as funções que ele apresenta, o seu hardware (memória, processador, tela, câmera, bateria,...) e os programas que ele tem à disposição (acompanhe, aqui no site, os posts sobre smartphones que irão esclarecer estes e outros pontos).


Os smartphones podem ser classificados em três grupos, veja a seguir, em função do conjunto de funcionalidades e de hardware: os tops de linha (high-end), os intermediários e os de entrada.

A subutilização de um smartphone é um desperdício difícil de entender – aliás, qualquer desperdício é difícil de entender -, pois significa pagar um preço por diversas funcionalidades e não tirar proveito delas.

Pense nisso!


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Fatos e Ângulos dos Smartphones

Este é o título de uma série de posts cujo objetivo é mostrar, de forma didática, o mundo dos smartphones. Visa oferecer informações para que o leitor possa utilizá-las para definir sobre a escolha e a melhor forma de usar tais dispositivos.

Serão apresentadas informações sobre programas (sistemas operacionais, interfaces, aplicativos nativos, aplicativos para instalar,...), hardware (chipset, CPU, GPU, memória RAM, memória de armazenamento, memória externa, bateria, tela, câmera,...), funcionalidades (internet, wi-fi hotspot, NFC, DLNA,...), outras características (comando de voz, assistentes pessoais, smartactions,...), eventos e notícias.

Portanto, esta é uma série de posts para quem está envolvido com a dinâmica de uma sociedade tecnológica e da informação.

Há sociedades com outras características. Algumas sociedades mais saudáveis e mais humanas do que a chamada sociedade tecnológica e da informação, mas, enquanto agimos para a melhoria...

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terça-feira, 12 de março de 2013

O ser humano e suas profundezas – Nelson Rodrigues – Obra aplicada

A obra de Nelson Rodrigues aplicada às questões da vida.

Expectativas a respeito do ser humano

"É preciso ir ao fundo do ser humano. Ele tem uma face linda e outra hedionda. O ser humano só se salvará se, ao passar a mão no rosto, reconhecer a própria hediondez." (Nelson Rodrigues, no site nelsonrodrigues.com.br)

Nelson Rodrigues no fragmento de texto acima exprime, de forma sucinta, um aspecto interessante do ser humano. Se tomarmos aquele fragmento de texto como base – assim funcionam as ciências com seus pressupostos que lhes dão base -, é possível ter esperança no desenvolvimento positivo dos valores humanos e consequentemente na humanidade. Assim eu penso e sinto, ou seja, assim eu percebo e desta forma eu vivo.

Há quem julgue pela obra de Nelson Rodrigues que ele tinha uma visão pessimista a respeito do ser humano. Eu discordo que ele não tivesse esperança no ser humano. Entendo que se ele não tivesse tal esperança, ele não teria realizado a sua obra que tanto indica as nossas mazelas. Ele não as revelaria em vão. No meu entendimento ele, através de sua obra, expressava também tal esperança. Seria ilógico esse "berro" dele se o objetivo fosse apenas o de agredir a humanidade através da exposição das mazelas dela. Ninguém com inteligência suficiente para conhecer tão bem o ser humano, como é o caso dele, seria capaz de tamanha pequenez.

O pensamento a seguir mostra que ele tinha esperança no ser humano, haja vista que ele considerava a possibilidade do sujeito se angustiar e, assim, promover as ações necessárias às mudanças.

"A nossa opção, repito, é entre a angústia e a gangrena. Ou o sujeito se angustia ou apodrece." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 69)

Ele, o Rodrigues, assinalou a necessidade de autoconhecimento

Ele era ao mesmo tempo crítico e autocrítico. Revelava comportamentos alheios e dele próprio. O ser humano que não reconhece as próprias mazelas não pode livrar-se delas.

"As senhoras me diziam: 'Eu queria que seus personagens fossem como todo mundo'. E não ocorria a ninguém que justamente, meus personagens são 'como todo mundo': - e daí a repulsa que provocavam. 'Todo mundo' não gosta de ver no palco suas íntimas chagas, suas inconfessas abjeções." (Nelson Rodrigues, no texto Os que propõem um banho de sangue; O Reacionário)

"O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos e militantes, mas inconfessos. Nunca vi um sujeito vir à boca de cena e anunciar, de testa erguida: 'Senhoras e senhores, eu sou um canalha'." (Nelson Rodrigues, no livro Flor de Obsessão)

Viver de aparências.

Quem vive de aparências é o mesmo que viver interpretando um personagem. Logo, quem assim procede deixa de viver a própria vida. Afinal, não é mais honesto consertar o que é preciso consertar do que maquiar a imperfeição?

"Acabava de conversar com uma grã-fina, justamente a que lera as orelhas de Marcuse [...] A leitora de orelhas... (Nelson Rodrigues, no texto Uma bica entupida há mil anos; O Reacionário)

"Na vida, usamos máscaras sucessivas e contraditórias." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 261)

"E, assim, falsários da vida, dos valores da vida, vamos fazendo as nossas poses políticas, ideológicas, literárias, religiosas etc. etc." (Nelson Rodrigues, na crônica A vítima obrigatória, O Óbvio Ululante)

"O ser humano é o único que se falsifica. Um tigre há de ser tigre eternamente. Um leão há de preservar, até morrer, o seu nobilíssimo rugido. E assim o sapo nasce sapo e como tal envelhece e fenece. Nunca vi um marreco que virasse outra coisa. Mas o ser humano pode, sim, desumanizar-se. Ele se falsifica e, ao mesmo tempo, falsifica o mundo." (Nelson Rodrigues, no texto A vítima obrigatória, O Óbvio Ululante)

"Temos uma bondade frívola, distraída, relapsa. Fazendo as contas, somos bons, por dia, de quinze a vinte minutos." (Nelson Rodrigues, em O Reacionário, 2008, pág. 84)

"O sujeito, para viver, ou sobreviver, enterra o próprio espírito, como as jóias de Raskolnikov. E, se for preciso, ele finge debilidade mental e põe-se a babar na gravata, copiosamente." (Nelson Rodrigues, no texto Os falsos cretinos; O Óbvio e Ululante)

Somos nós que demandamos.

Algo só existe se houver demanda, ou seja, se o ser humano entender que é necessário a ele, que é agradável a ele e assim, ele desejar este algo. As demandas podem ser naturais ou induzidas.

"Se não existisse no homem o lado podre, se não existisse no fundo de cada qual a lama inconfessa e encantada, também não existiria a indústria cinematográfica." (Nelson Rodrigues, no texto Contra a violência; A Cabra Vadia)

"Napoleão, o Grande, só foi possível porque a Europa estava saturada de pequeninos napoleões." (Nelson Rodrigues, no texto O Brasil Nazi-Stalinista; A Cabra Vadia)

Agir no limite.

É possível conhecer mais a respeito de uma pessoa quando a vemos agir no limite. É neste estado que somos mais autênticos. À medida que o indivíduo se prepara para viver de forma humana, ele tem menos do que se envergonhar de suas atitudes.

"A fome não tem limites. As pessoas fazem aquilo que jamais pensaram que fossem capazes de fazer, quando passam fome." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 45)

"No risco, as pessoas fazem as mais aviltantes acrobacias ideológicas." (Nelson Rodrigues, no texto Sua vida foi um momento da consciência brasileira; O Reacionário)

Sem medo de ser feliz.

No fundo é mais agradável "viver vivo" do que "viver morto". Portanto, nada melhor do que ser autentico, do que correr os riscos e passar pelas dores de se dignificar como um ser humano. Não ser nada, não ser ninguém, não ser você mesmo dói muito.

"O indivíduo que esboçar um esgar de inteligência há de ser, sempre, um solitário e um escorraçado. Um idiota está sempre acompanhado de outros idiotas. Mas nenhum ser é menos associativo do que o inteligente." (Nelson Rodrigues, no livro Inteligência com dor, 2009, pág. 5)

"Hoje é muito difícil não ser canalha. [...] Todas as pressões trabalham para o nosso aviltamento pessoal e coletivo." (Nelson Rodrigues, no texto O ex-covarde; A Cabra Vadia)

A obra de Nelson Rodrigues tem muito mais a nos mostrar sobre as profundezas do ser humano. Para compreender tais profundezas, basta arregaçar as mangas e conhecer o legado que o Nelson, o Rodrigues nos deixou.


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Nelson Rodrigues

A obra de Nelson Rodrigues aplicada às questões da vida

Sobre minhas discordâncias e concordâncias com o pensamento de Nelson Rodrigues

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Sobre minhas discordâncias e concordâncias com o pensamento de Nelson Rodrigues

Ah! Ainda a tempo, declaro que não concordo totalmente com as ideias de Nelson Rodrigues. Digo que minhas discordâncias são parciais e que admiro, de forma positiva, tanto a ele quanto ao trabalho dele, mesmo com as discordâncias. Assim entendo que aprendemos com as diferenças. E por falar em discordância, eu não consigo concordar totalmente nem comigo mesmo. Sendo assim, como poderei concordar totalmente com outras pessoas? Depois desta, imagino que há uma pergunta que não quer calar: como pode alguém não concordar totalmente com ele próprio? A resposta é simples: tem coisas que fazemos, que pensamos e que sentimos, mas que gostaríamos de não fazer, de não pensar e de não sentir. Afinal, com todo respeito, somo todos assim, não somos?

Mas voltando às discordâncias do início do texto, digo que eu não concordo totalmente com alguns elogios e algumas críticas que ele fez a certas pessoas que foram seus contemporâneos, mas eu entendo e respeito o pensamento dele.

Portanto, não tenho como não admitir a importância da obra de Nelson Rodrigues e não tenho, também, como não admitir o grande esforço e coragem dele para elaborar tal obra. Ele criou e desenvolveu a obra dele com paixão – ele demonstrava ser extremamente apaixonado pelo que fazia - e para mostrar isso, lanço mão de uma de suas frases: "Sem alma, não se chupa um Chicabon, não se cobra nem um arremesso lateral." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 254)


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Nelson Rodrigues

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Um raio-X da multidão - Nelson Rodrigues – Obra aplicada

A obra de Nelson Rodrigues aplicada às questões da vida.

Este é um tema delicado e dependendo do enfoque pode tornar-se extremamente delicado. Porém, uma das coisas que aprendi na vida é que se for preciso, temas delicados devem ser tratados e para isso devem ser levadas em consideração as condições oportunas para esse tratamento. Aliás, o tratamento de temas delicados é o que mais foi feito por Nelson Rodrigues.

Sabe-se que o ser humano é um ser social. Os diversos tipos de relacionamento humano são necessários à sobrevivência e ao desenvolvimento da espécie. Porém, a dificuldade está no relacionamento. Nas linhas a seguir, o tema multidão será abordado com foco nos aspectos do relacionamento humano que necessitam ser melhorados. Vale ressaltar que este texto, assim como qualquer outro, não tem como alcançar todos os aspectos do tema em questão. E se isso é óbvio e realmente o é, então lanço mão desta frase: "Se isso parece óbvio, direi que o óbvio também é filho de Deus." (Nelson Rodrigues, em O Reacionário, 2008, pág. 25)

A multidão teve a sua vez de ser abordada na obra de Nelson Rodrigues e em um dos aspectos tratados deste tema o escritor mostrou uma face desagradável de tal agrupamento:

"Sempre digo que a multidão é inumana porque não tem cara." (Nelson Rodrigues, na crônica O Leque foi um Momento; O Óbvio e Ululante)

E justamente por não ter "cara", muitos consideram que estão protegidos pelo anonimato quando fazem parte de um grupo. Alguns destes, por ignorância ou no mínimo por ingenuidade – o que não deixa de ser por ignorância -, acredita que o indivíduo não tem responsabilidade pelos atos do grupo, haja vista que se comportam como se isso fosse verdade. Sozinhos não fariam (agiriam, falariam,...) uma boa parte do que fazem quando estão em grupo.

"Homens; classes, povos são suscetíveis dos mais sinistros enganos ou das mais hediondas torpezas." (Nelson Rodrigues, no texto Os abnegados; A Cabra Vadia)

"Napoleão, o Grande, só foi possível porque a Europa estava saturada de pequeninos napoleões." (Nelson Rodrigues, no texto O Brasil Nazi-Stalinista; A Cabra Vadia)

Não é necessária nenhuma tese acadêmica para ficar claro que o indivíduo comporta-se de formas diferentes quando só e quando está em grupo. Vemos isso no dia a dia e nós mesmos somos assim, isto porque os valores individuais são vetores que irão formar o vetor resultante, que é o vetor do grupo. Francamente, não há como negar este estado do comportamento humano, a não ser que se queira tampar o sol com peneira.

"Nem considero a unanimidade um argumento decente." (Nelson Rodrigues, no texto Os abnegados; A Cabra Vadia)

"O Maracanã vaia até minuto de silêncio." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 251)

"A torcida é a mãe de pouco amor." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 265)

E por falar em vetores, nos casos aqui tratados, eles nada mais são que a representação dos valores de um indivíduo e a resultante dos valores de um grupo.

"O próprio tema da multidão como sinônimo de mediania mental, de falta de individualidade, foi frequente em sua produção." (Luíz Augusto Fischer, no livro Inteligência com dor, 2009, pág. 128)

A idéia de agrupamento humano muitas vezes é utilizada para objetivos poucos nobres. Há quem se aproveite disso para benefício próprio. Reconhecer que isto acontece na sociedade humana não é difícil, desde que se esteja em condições e disposto a enxergar. A cada passo que damos nos deparamos com estas situações que aviltam a condição humana. Portanto, reservar um tempo para verdadeiramente ser indivíduo é fundamental para não ser levado como folha ao vento, para não ser levado por uma corrente sem saber o motivo de estar nela. Pare! Pense! Sinta! E então decida!

"Toda a unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar." (Nelson Rodrigues, no site da TV Cultura)

"Nelson faz questão de individualizar-se, de ser apenas ele próprio, com todos os riscos." (Luíz Augusto Fischer, no livro Inteligência com dor, 2009, pág. 218)

"Ele (Nelson Rodrigues) não era de partido, não era de igrejas, não era de esquerda ou de direita, não era da Academia (nem a de Letras, nem a universitária), não pertencia a grupos de opiniões, nem a "panelas" de nenhuma espécie." (Sonia Rodrigues, filha de Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 10)

"Cada qual assume a forma impessoal, numerosa e irresponsável da assembléia, do comício, da comissão, do manifesto, da passeata e da unanimidade. Só agimos, só sentimos, só amamos e só odiamos em massa. Sim, estamos todos massificados. E cada um sente, como no epitáfio de Rilke, a volúpia de ser ninguém. O sujeito se dissolve na passeata, na assembléia, na unanimidade." (Nelson Rodrigues, no texto As cabeças rolantes; A Cabra Vadia)

A nossa sociedade ainda deixa muito a desejar no que diz respeito à convivência, aos agrupamentos humanos (família, sindicatos, relacionamentos de trabalho, grupos escolares, torcidas ligadas aos esportes, grupos religiosos, grupos políticos,...). O ser humano é um ser social, mas ainda não entendeu como utilizar positivamente esta característica natural. Ele se comporta como um ser extremamente individualista e não como um ser social. Entendo que Nelson Rodrigues via que as multidões, que as maiorias, mostravam-se inumanas, irresponsáveis, intolerantes, dentre outras coisas. Além disso, mostravam-se fáceis de serem manobradas com objetivos pouco nobres.

"O trágico na amizade é o dilacerado abismo da convivência." (Nelson Rodrigues, no livro Entrevistas, Clarice Lispector, 2007, pág. 29)

"Trezentas pessoas reunidas constituem um bloco monolítico de incompreensão, frequentemente de estupidez." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 261)

"Não estarei insinuando nenhuma novidade se afirmar que nunca houve uma multidão inteligente." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 249)

"O indivíduo que esboçar um esgar de inteligência há de ser, sempre, um solitário e um escorraçado. Um idiota está sempre acompanhado de outros idiotas. Mas nenhum ser é menos associativo do que o inteligente." (Nelson Rodrigues, no livro Inteligência com dor, 2009, pág. 5)


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segunda-feira, 11 de março de 2013

Tratamento em Espiral - Nelson Rodrigues – Obra Aplicada

A obra de Nelson Rodrigues aplicada às questões da vida.

O tratamento em espiral é utilizado na área de educação como uma ferramenta para o desenvolvimento do conhecimento. Através dessa ferramenta que permite o contato daquele que aprende com o assunto a ser aprendido em épocas diferentes, o aprendiz tem a possibilidade de amadurecer o conhecimento, além de expandi-lo através de novos focos. Bem, mas na vida, no dia a dia não acontece da mesma forma? Assim não é a vida como ela é? Claro que sim. E isso nos mostrou Nelson Rodrigues com sua obra.

"A arte da leitura é a da releitura." (Nelson Rodrigues, no livro O óbvio ululante, Uma banana como merenda)

"Eu não existiria, sem as minhas repetições." (Nelson Rodrigues, em O Reacionário, 2008, pág. 7)

"A televisão vive das reprises dos seus filmes, eu vivo das reprises das minhas imagens." (Nelson Rodrigues, no texto O homem fatal; O Óbvio e Ululante)

É claro que há um objetivo com isso. Afinal, a experiência se adquire pela prática constante e atenta de uma atividade.

"Poderão objetar que já escrevi isso umas duzentas vezes. Ai de mim, ai de mim. Não sinto nenhum escrúpulo, nenhum pudor de me repetir." (Nelson Rodrigues, no texto A invisibilidade do óbvio, À sombra das chuteiras imortais)

"Desculpem a minha insistência na meditação dramática: mas sou, como disse o Cláudio Mello e Souza, uma 'flor de obsessão'." (Nelson Rodrigues, no texto Hamlet nos bate a carteira; O Óbvio e Ululante)

Perceber algo novo é o objetivo do tratamento em espiral.

"O mesmo livro é um na véspera e outro no dia seguinte. Pode haver um tédio na primeira leitura. Nada, porém, mais denso, mais fascinante, mais novo, mais abismal do que a releitura." (Nelson Rodrigues, no livro O óbvio ululante, Uma banana como merenda)

Independente de ser crença ou uma hipérbole (figura de linguagem) é, com certeza, uma afirmação da necessidade do tratamento em espiral.

"Mas um sujeito precisa de 15 encarnações para viver um momento de amor." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 27)


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domingo, 10 de março de 2013

A triste e vergonhosa automação – Nelson Rodrigues – Obra aplicada

A obra de Nelson Rodrigues aplicada às questões da vida.

Nós não somos máquinas. Máquinas não pensam, não têm sentimentos, não têm intuição e não têm inspiração. Máquina é máquina e ser humano é ser humano. Ao menos deveria ser assim.

"Sem alma, não se chupa um Chicabon, não se cobra nem um arremesso lateral." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 254)

É possível observar um estado avançado de automação humana em nossa sociedade. Pessoas parecem máquinas, estão insensíveis aos outros e às belezas da vida. A objetividade exacerbada mecaniza o ser humano e este não consegue perceber o que há de belo ao seu redor e encontra-se cada vez mais incapaz de agir de forma poética. No meio educacional os procedimentos estão, cada vez mais, sendo automatizados. O futebol perdeu o élan de beleza e ganhou um mecanismo maquinal. Os filmes ficaram tolos em sentimentos e artificiais no conteúdo. Falta humanidade, falta a característica que nos torna humanos, que nos torna diferentes das máquinas.

"O ser humano é o único que se falsifica. Um tigre há de ser tigre eternamente. Um leão há de preservar, até morrer, o seu nobilíssimo rugido. E assim o sapo nasce sapo e como tal envelhece e fenece. Nunca vi um marreco que virasse outra coisa. Mas o ser humano pode, sim, desumanizar-se. Ele se falsifica e, ao mesmo tempo, falsifica o mundo." (Nelson Rodrigues, na crônica A vítima obrigatória, O Óbvio Ululante)

Por falar em máquinas, vale lembrar o filme "O homem bicentenário" no qual um robô queria, do fundo do seu "coração mecânico", se transformar em ser humano. É triste ver o contrário disto, é triste ver pessoas se parecendo cada vez mais com máquinas.

"...o desenvolvimento humaniza a máquina e maquiniza o homem. O escritor patrício (Otto Lara Resende) teve vontade de conversar com as máquinas e de lubrificar as pessoas. (Nelson Rodrigues, em O Reacionário, 2008, pág. 31)

Nelson Rodrigues percebeu que o ser humano caminhava para essa vergonhosa automação humana e denunciou isso em sua obra.

"As pessoas não pensam mais porque não têm absolutamente mais tempo para isso." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 30)

"Temos uma bondade frívola, distraída, relapsa. Fazendo as contas, somos bons, por dia, de quinze a vinte minutos." (Nelson Rodrigues, em O Reacionário, 2008, pág. 84)

"Rapidamente, os nossos jornais foram atacados de uma doença grave: - a objetividade. Daí para o idiota da objetividade seria um passo." (Nelson Rodrigues, em O Reacionário, 2008, pág. 95)

"Sempre digo que a multidão é inumana porque não tem cara." (Nelson Rodrigues, no texto O Leque foi um momento, O Óbvio Ululante)

Pense nisso e avante à automação. Ops! Quero dizer: avante à autonomia. Afinal somos seres humanos e não máquinas.


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A obra de Nelson Rodrigues aplicada às questões da vida

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Sobre máscaras e hipocrisia - Nelson Rodrigues - Obra aplicada

A obra de Nelson Rodrigues aplicada às questões da vida.

Sem máscara é muito difícil do indivíduo se aceitar. Tirar constantemente as máscaras – são muitas - é um ato de coragem e é preciso ter vontade, é preciso querer tirá-las. Este é um processo de repensar e transformar os próprios valores. Às vezes achamos mais fácil usar máscara do que nos esforçarmos para esta transformação.

Nelson Rodrigues – ora mal compreendido, ora atacado de má fé e de forma hipócrita – nos deixou com seu trabalho, um material capaz de ajudar muito a realização desta transformação.

"Quando releio Nelson (Rodrigues), não me canso de admirar sua capacidade de, com um mero adjetivo ou expressão, chocar pelo paradoxo, ferir pela ironia, refutar pelo absurdo ou desnudar secretas hipocrisias." (Roberto Campos, na orelha do livro A Cabra Vadia)

O autoconhecimento é o primeiro passo para deixarmos de repetir nossos erros, nossos velhos erros. Aliás, vale lembrar Bertrand Russell que, no mais fino sarcasmo, nos disse que deveríamos deixar de cometer os mesmos erros, já que há tantos erros novos a serem cometidos.

Portanto, como um doente pode ser curado se ele não tem consciência de estar doente? Sem esta consciência ele não procurará tratamento. Da mesma forma uma pessoa não pode transformar seus valores se não tiver consciência de que eles, os valores, estão "doentes".

"De vez em quando, alguém me chama de 'flor de obsessão'. Não protesto, e explico: — não faço nenhum mistério dos meus defeitos. Eu os tenho e os prezo (estou usando os pronomes como o Otto Lara Resende na sua fase lisboeta). Sou um obsessivo. E, aliás, que seria de mim, que seria de nós, se não fossem três ou quatro idéias fixas? Repito: — não há santo, herói, gênio ou pulha sem idéias fixas. (Nelson Rodrigues, no texto Flor de Obsessão, A Cabra Vadia)

"O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos e militantes, mas inconfessos. Nunca vi um sujeito vir à boca de cena e anunciar, de testa erguida: 'Senhoras e senhores, eu sou um canalha'." (Nelson Rodrigues, no livro Flor de Obsessão)

"É preciso ir ao fundo do ser humano. Ele tem uma face linda e outra hedionda. O ser humano só se salvará se, ao passar a mão no rosto, reconhecer a própria hediondez." (Nelson Rodrigues, no site nelsonrodrigues.com.br)

Ainda sobre máscaras e hipocrisia, Nelson Rodrigues traz à tona uma coisa simples do cotidiano, algo tão antigo, mas ao mesmo tempo tão atual e corriqueiro. É o caso daqueles que só lêem as orelhas de um livro e dizem tê-lo lido totalmente. Triste constatação. Se há quem faça isso com questões simples como a dos livros, não há quem faça por outros motivos? Estas são atitudes falsas e que não são sustentáveis. São máscaras postas que não resistem ao tempo. Aqui vale lembrar Lao Tsé no poema 24 do livro Tao Te Ching no qual é dito que aquele que se ergue na ponta dos pés, não pode ficar por muito tempo.

"Acabava de conversar com uma grã-fina, justamente a que lera as orelhas de Marcuse [...] A leitora de orelhas... (Nelson Rodrigues, no texto Uma bica entupida há mil anos; O Reacionário)

"Na vida, usamos máscaras sucessivas e contraditórias." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 261)

"Temos uma bondade frívola, distraída, relapsa. Fazendo as contas, somos bons, por dia, de quinze a vinte minutos." (Nelson Rodrigues, em O Reacionário, 2008, pág. 84)

E por que não falarmos dos casos nos quais colocamos o problema do pão antes da questão da liberdade? Nestes casos, estamos vendendo bens que deveriam ser inegociáveis. Fazemos isso por fraqueza de caráter e por falta de confiança em nós mesmos, dentre outros motivos.

"Sou um obsoleto, um carcomido, porque coloco a questão da liberdade antes do problema do pão." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 249)

"O que confere dignidade à pessoa humana são certos bens inegociáveis." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 259)

"O sujeito, para viver, ou sobreviver, enterra o próprio espírito, como as jóias de Raskolnikov. E, se for preciso, ele finge debilidade mental e põe-se a babar na gravata, copiosamente." (Nelson Rodrigues, no texto Os falsos cretinos; O Óbvio e Ululante)

Muitas vezes Nelson Rodrigues e sua obra foram atacados por aqueles que não gostariam, e não tinham coragem, de ver formas de suas mazelas expostas, pois outros poderiam identificá-las neles. Era preferível atacar a revelação das formas e características de tais mazelas, dos arquétipos, para que tais pessoas não precisassem mudar a si. Aliás, tais mudanças dão bastante trabalho e muitos perderiam com isso, pois à medida que estes arquétipos são revelados, fica mais fácil identificar a sombria interpretação, até porque as verdadeiras intenções ficam mais claras.

"As senhoras me diziam: 'Eu queria que seus personagens fossem como todo mundo'. E não ocorria a ninguém que justamente, meus personagens são 'como todo mundo': - e daí a repulsa que provocavam. 'Todo mundo' não gosta de ver no palco suas íntimas chagas, suas inconfessas abjeções." (Nelson Rodrigues, no texto Os que propõem um banho de sangue; O Reacionário)

"A vaia nada mais é do que o aplauso dos descontentes." (atrib. a Nelson Rodrigues)

"O cinismo escorre por toda parte, como a água das paredes infiltradas." (Nelson Rodrigues, no texto Os cínicos; O Reacionário)


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A obra de Nelson Rodrigues aplicada às questões da vida

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Nelson Rodrigues – Textos para "bater-papo"

Há quem não queira "papo", mas Nelson Rodrigues gostava de "papo".

"Ele (Nelson Rodrigues) era tão coeso na sua maneira de ver o mundo, tão coerente na sua lucidez, que falava como escrevia." (Sonia Rodrigues, filha de Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 7)

"A apresentação que o Aníbal (Damasceno Ferreira) do Nelson (Rodrigues) para mim começou como uma isca, não sei se proposital. Disse ele que nas Confissões língua portuguesa havia finalmente aprendido a falar brasileiro, isto é, que o texto do Nelson é que havia realizado o ideal modernista de, nas palavras do Aníbal, 'escrever papeando', fazer literatura com a matéria-prima da informalidade oral da língua." (Luís Augusto Fisher, no livro Inteligência com dor, 2009, pág. 14)

A linguagem dele é simples e parece que ele conversa com o leitor. É verdadeiramente uma conversa informal. Ler Nelson Rodrigues é o mesmo que "bater um papo" com ele.

"Onde é que eu estava? Agora me lembro. Depois da estreia de Vestido de Noiva, fui comer bife no restaurante Nevada, ao lado de O Globo. Depois tomei um ônibus etc. etc. Ah, passei essa noite em claro..." (Nelson Rodrigues, no texto Nascera para ser um pobre-diabo; O Reacionário)

"E lá estava anunciado o filme da semana: De amor também se morre. Os artistas eram Charles Boyer, com trinta anos menos, e Olivia de Havilland. (Ou por outra: — não era Olivia de Havilland, mas a irmã de Olivia, cujo nome não me ocorre.) [...] (Agora me lembro: — a irmã de Olivia de Havilland chamava-se Joan Fontaine.) E as pessoas que passavam na calçada..." (Nelson Rodrigues, no texto Amor para além da vida e da morte; A Cabra Vadia)

"Não sei se me entendem. Se estou sendo obscuro, paciência. Mas, como ia dizendo: — desdobro aqui a minha meditação de ontem..." (Nelson Rodrigues, no texto A feia nudez; A Cabra Vadia)

"Quando Eisenhower nos visitou, um diplomata dormiu em pleno discurso do grande homem. Dormiu e, o que é pior, babando na gravata. Nem pense que eu esteja fazendo qualquer restrição. Quando me contaram, eu sofri uma dessas crises violentas de inveja e frustração." (Nelson Rodrigues, no texto As insônias exemplares; O Reacionário)

É este "papo" informal e de fluxo fácil que faz com que os textos de Nelson Rodrigues sejam agradáveis. Ah! A generalização que fiz sobre serem agradáveis os textos de Nelson Rodrigues foi um erro imperdoável, pois só é agradável para aqueles que reconhecem em si as suas mazelas e se dispõem a agir diante disto. Para os que não têm tal disposição, imagino que os textos dele sejam altamente desagradáveis. Aliás, por que ele e seus textos foram, e são até hoje, atacados? Não é difícil de saber a resposta, ela é óbvia e ululante, como diria o escritor.

"As senhoras me diziam: 'Eu queria que seus personagens fossem como todo mundo'. E não ocorria a ninguém que justamente, meus personagens são 'como todo mundo': - e daí a repulsa que provocavam. 'Todo mundo' não gosta de ver no palco suas íntimas chagas, suas inconfessas abjeções." (Nelson Rodrigues, no texto Os que propõem um banho de sangue; O Reacionário)

"É preciso ir ao fundo do ser humano. Ele tem uma face linda e outra hedionda. O ser humano só se salvará se, ao passar a mão no rosto, reconhecer a própria hediondez." (Nelson Rodrigues, no site Nelson Rodrigues por ele mesmo)

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Nelson Rodrigues

A obra de Nelson Rodrigues aplicada às questões da vida

Sobre minhas discordâncias e concordâncias com o pensamento de Nelson Rodrigues

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quinta-feira, 7 de março de 2013

Peculiaridades nos textos de Nelson Rodrigues (1)

Para compreender as ideias e as expressões usadas por Nelson Rodrigues é necessário conhecer o contexto no qual ele as empregava. As expressões mudaram – até porque a língua muda, ela é viva -, mas a essência das ideias dele continua atual. Além disso, algumas expressões que ele utilizava passaram a fazer parte do rol do politicamente incorreto; pura hipocrisia.

Pode parecer que estou a admitir que Nelson Rodrigues está ultrapassado, mas minha opinião está longe disto. Ele está mais para profeta do que para escritor ultrapassado. Afinal, o ser humano não mudou o suficiente para que as ideias dele se tornassem ultrapassadas.

Nelson Rodrigues declarou que ao desenvolver um texto, ele pensava mais do que escrevia. Ele não escrevia ao acaso, ele sabia o que e como queria expressar. É possível observar algumas peculiaridades nos textos escritos por ele. É necessário deixar claro que o texto que escrevo não tem o objetivo e não tem como esgotar este assunto. Além disso, o que escrevo são minhas impressões pessoais, apenas impressões que têm o objetivo de provocar reflexões.

Nelson Rodrigues utilizava expressões e estilos que chamavam, e que chamam até hoje, a atenção. Tais expressões eram cultivadas e cunhadas nos inúmeros textos (crônicas, contos, peças teatrais,...) escritos por ele, nas entrevistas que ele concedia e nas conversas informais.

Entendo que estas expressões tinham objetivos definidos por ele (chamar a atenção para a leitura, economizar palavras com códigos conceituais, ...). Ele as utilizava com propósitos e não de forma casual.

Em uma de suas crônicas, ele cita uma conversa com um milionário paulista. Nesta conversa, o milionário diz que para ele importa a forma, sim a forma dos textos de Nelson, o Rodrigues. É justamente a forma que desperta o interesse, de muitos até hoje, pelos textos dele.

"Impressionado quis saber: - 'O senhor acha que eu tenho sido justo com o Piauí?" Reagiu com fervor estilístico do parnasiano: 'Não me interessa a justiça. Só me interessa a forma, Dr. Nelson, a forma!' " (Nelson Rodrigues, no texto O grande homem; O Reacionário)

Vamos conhecer alguns dos artifícios:

E haja hipérbole.

O que não falta nos textos de Nelson Rodrigues são as hipérboles. E haja hipérbole. Para Nelson, o Rodrigues, uma palavra é sempre mais que uma palavra. Uma expressão é sempre mais que uma expressão. E assim, palavras e expressões são infladas de contexto e desta forma, dão características hiperbólicas aos textos dele.

"Há dias em que me sinto mais árido do que três desertos." (Nelson Rodrigues, no texto Robinson Crusoé sem radinho de pilha, O Óbvio Ululante)

"Todos nós temos histórias que encheriam uma biblioteca; qualquer um pode fazer três mil volumes sobre si mesmo." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 14-15)


E a dramaticidade?

Tem como não falar de dramaticidade nos textos de Nelson Rodrigues? Claro que não, é um dos aspectos mais evidentes.

Entendo que Nelson Rodrigues usava este artifício com o objetivo de despertar o leitor para que a essência contida no texto fosse observada e para que ela permanecesse viva. A essência não poderia estar morta, ela tinha de ter vida. Ele não era, como na expressão que ele cunhou, um idiota da objetividade.

"A nossa opção, repito, é entre a angústia e a gangrena. Ou o sujeito se angustia ou apodrece." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 69)

"...o desenvolvimento humaniza a máquina e maquiniza o homem. O escritor patrício (Otto Lara Resende) teve vontade de conversar com as máquinas e de lubrificar as pessoas. (Nelson Rodrigues, em O Reacionário, 2008, pág. 31)

"Sem alma, não se chupa um Chicabon, não se cobra nem um arremesso lateral." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 254)

"E, pelo resto da noite, sofri, sem um gemido, o sarcasmo de uns sessenta casais." (Nelson Rodrigues, no texto O pai anônimo; O Reacionário)

"Depois da revolução de 30, e até 35, eu e toda minha família conhecemos uma miséria que só tem equivalente nos retirantes (sic) de Portinari. [...] Eu e meu irmão Joffre passamos fome e foi a fome que estourou nossos pulmões." (Nelson Rodrigues, no texto O menino de Pernambuco; O Reacionário)

"O trágico na amizade é o dilacerado abismo da convivência." (Nelson Rodrigues, no livro Entrevistas, Clarice Lispector, 2007, pág. 29)


O lirismo de Nelson, o Rodrigues.

Seria um descuido imperdoável deixar de evidenciar o lirismo nos textos de Nelson Rodrigues.

"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista." (Nelson Rodrigues, na primeira página do livro O Anjo Pornográfico)

"Eu sou um romântico quase caricatural. Acho que todo amor é eterno, e se acaba, não era amor." (Nelson Rodrigues, no livro Entrevistas, Clarice Lispector, 2007, pág. 30)

"Minha família morava diante do mar. Mas o mar antes de ser paisagem e som, antes de ser concha, antes de ser espuma - o mar foi cheiro." (Nelson Rodrigues, no texto O menino de Pernambuco; O Reacionário)

"Eu sinto a bondade contra-feita do médico, a sua compaixão não confessa, apenas insinuada. Minha vontade foi fazer-lhe, à queima-roupa, a pergunta: — 'O senhor acredita na ressurreição de Lázaro? '. " (Nelson Rodrigues, cap. 11; A Menina sem Estrela)

"O grande medo. Não era a primeira vez que o sentia na carne e na alma. Meses
atrás, vivera um desses momentos de pavor que ninguém esquece." (Nelson Rodrigues, cap. 28; A Menina sem Estrela)


Sem dó, nem piedade.

A contundência é uma das características que Nelson Rodrigues mostrava em seus textos.

"As senhoras me diziam: 'Eu queria que seus personagens fossem como todo mundo'. E não ocorria a ninguém que justamente, meus personagens são 'como todo mundo': - e daí a repulsa que provocavam. 'Todo mundo' não gosta de ver no palco suas íntimas chagas, suas inconfessas abjeções." (Nelson Rodrigues, no texto Os que propõem um banho de sangue; O Reacionário // Nelson Rodrigues, no livro Inteligência com dor, 2009, pág. 205)

"Se não existisse no homem o lado podre, se não existisse no fundo de cada qual a lama inconfessa e encantada, também não existiria a indústria cinematográfica." (Nelson Rodrigues, no texto Os abnegados; A Cabra Vadia)

"Napoleão, o Grande, só foi possível porque a Europa estava saturada de pequeninos napoleões." (Nelson Rodrigues, no texto O Brasil Nazi-Stalinista; A Cabra Vadia)

"O sujeito, para viver, ou sobreviver, enterra o próprio espírito, como as jóias de Raskolnikov. E, se for preciso, ele finge debilidade mental e põe-se a babar na gravata, copiosamente." (Nelson Rodrigues, no texto Os falsos cretinos; O Óbvio e Ululante)


As metáforas facilitam o fluxo.

Metáforas para as quero? Nelson Rodrigues sabia para quê as queria. Elas dão um fluxo fácil e agradável para a leitura de seus textos.

"Minhas noites são uma pesada selva de insônias. Às três da manhã estou acordado, às quatro estou acordado. Se consigo dormir às cinco, tenho vontade de abrir os braços para o alto e gemer: - 'Eu não mereço tanto!' " (Nelson Rodrigues, no texto As insônias exemplares; O Reacionário)

"O cinismo escorre por toda parte, como a água das paredes infiltradas." (Nelson Rodrigues, no texto Os cínicos; O Reacionário)

"Infelizmente, não tenho nem a saúde física, nem a saúde mental de uma vaca premiada." (Nelson Rodrigues, no texto Flor de Obsessão, A Cabra Vadia)

"Aquele que não acredita na ressurreição de Lázaro não deve tentar a medicina." (Nelson Rodrigues, em O Reacionário, 2008, pág. 85)

"A leitora de orelhas começou assim: 'O Brasil é um país de quinta ordem!' " (Nelson Rodrigues, no texto Uma bica entupida há mil anos; O Reacionário)


O impacto dos paradoxos.

A forma, sempre a forma. Pois é, algo admirável nas obras de Nelson Rodrigues é a forma como ele apresentava suas opiniões. Com isto não quero dizer que as essências delas não têm valor. Quero dizer, e repito, que é admirável a forma como expunha suas opiniões. Entendo que o choque de considerável impacto era o objetivo dele. O uso de paradoxos facilita alcançar este objetivo e, consequentemente, provocar reflexões.

"Eu sou reacionário porque sou pela liberdade." (Nelson Rodrigues, em nelsonrodrigues.com.br)

"...a grande, a perfeita solidão exige uma companhia ideal." (Nelson Rodrigues, no livro Entrevistas, Clarice Lispector, 2007, pág. 28)

"Em nosso século, o 'grande homem' pode ser, ao mesmo tempo, uma boa besta." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 265)


Sem eufemismos: canalha, ser ou não ser...

Nelson Rodrigues empregou em diversos de seus textos a palavra canalha. Ele a empregava no sentido mais estrito da torpeza que ela representa, como um ponto de exclamação, com o mesmo objetivo de um ponto de exclamação, ou seja, para dar ênfase, para dar intensidade à essência do texto. Nelson Rodrigues não era afeito a eufemismos, mas à contundência das palavras. Aliás, isto está claro nos textos dele.

"Hoje é muito difícil não ser canalha. [...] Todas as pressões trabalham para o nosso aviltamento pessoal e coletivo." (Nelson Rodrigues, no texto O ex-covarde; A Cabra Vadia)

"Se eu apoiasse qualquer ato de violência, da direita ou da esquerda, seria um canalha." (Nelson Rodrigues, no texto O Brasil Nazi-Stalinista; A Cabra Vadia)

O texto a seguir tem o mesmo sentido que um texto atribuído a Vicenzo Globerti no qual consta a afirmativa de que os maiores inimigos da liberdade não são aqueles que a oprimem, mas sim aqueles que a sujam.

"Dirá alguém que, com o tempo e o uso, todas as palavras se degradam. Por exemplo: — liberdade. Outrora nobilíssima, passou por todas as abjeções. Os regimes mais canalhas nascem e prosperam em nome da liberdade." (Nelson Rodrigues, no texto A euforia de um anjo, O Óbvio Ululante)


Ironia e sarcasmo.

Algumas vezes ao expor suas opiniões, Nelson Rodrigues trocava as formas claramente contundentes pelo uso do sarcasmo e da ironia. Ele fazia com que estas duas últimas formas de expressão mostrassem, com não menos poder de incisão, as suas opiniões.

"Sou uma flor de obsessão." (Nelson Rodrigues, em entrevista a Otto Lara Resende)

"Subdesenvolvimento não se improvisa; é obra de séculos." (Nelson Rodrigues, no livro Nelson Rodrigues por ele mesmo, 2012, pág. 253)

"...a grande, a perfeita solidão exige uma companhia ideal." (Nelson Rodrigues, no livro Entrevistas, Clarice Lispector, 2007, pág. 28)

"Acabava de conversar com uma grã-fina, justamente a que lera as orelhas de Marcuse [...] A leitora de orelhas... (Nelson Rodrigues, no texto Uma bica entupida há mil anos; O Reacionário)


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