domingo, 28 de setembro de 2014

BRT – Rio de Janeiro: o saldo é positivo para quem? É bom refletir para estar bem esclarecido

BRT, superlotação, muitas baldeações, mobilidade urbana, qualidade do serviço, muitos semáforos, consulta prévia, redução do tempo de viagem e integração são alguns dos temas tratados neste texto.

O BRT (Bus Rapid Transit) do Rio de Janeiro é um sistema que gerou polêmica antes da implantação e continua a gerar. Alguns o veem como algo positivo para contribuir com a área de transporte público urbano. Outros têm opinião contrária a esta.



- Redução do tempo de viagem;
- Pela integração é possível se deslocar para muitos pontos da cidade;
- Diminuição da poluição atmosférica.

São indiscutíveis as vantagens do BRT em relação aos ônibus comuns no que se refere ao tempo que os ônibus do BRT utilizam para realizar os deslocamentos. Além disso, há outra vantagem que é a possibilidade dos passageiros se deslocarem para diversos pontos distantes da cidade, seja pelo próprio BRT ou pelas integrações dele com os sistemas de transporte rodoviário convencional, ferroviário e metroviário.

Não se deve esquecer, também, de citar como vantagem, anunciada pelo departamento de divulgação do BRT, a redução da poluição atmosférica em função da retirada de parte (ou grande parte) dos ônibus convencionais, além da utilização de combustíveis menos poluentes.

Além disso, tal departamento cita, também, que com a diminuição de automóveis nas ruas, haverá diminuição dos congestionamentos. Porém, há comprovação de que há bairros nos quais isto não ocorreu, se é que tal redução realmente ocorreu.




- Houve consulta aos potenciais e verdadeiros usuários do sistema BRT?
- "Racionalização" das linhas de ônibus fora do corredor BRT.

Uma transformação radical foi feita com a implantação do BRT e parece que os potenciais e verdadeiros usuários não foram ouvidos ou não foram ouvidos devidamente. Há quem diga – e não é difícil concluir – que as ações de implantação do sistema não deixam muitas alternativas à população a não ser utilizar o BRT, já que foram "racionalizadas" várias linhas convencionais de ônibus através da diminuição da área de cobertura delas, sendo que elas poderiam continuar a serem utilizadas ao mesmo tempo com o BRT. Outra colocação é que as chamadas linhas alimentadoras estão deixando a desejar devido à lotação, aos longos intervalos de tempo entre os ônibus da mesma linha e à conservação dos ônibus destas linhas.


- Há vantagem para o passageiro na redução do tempo de viagem no corredor do BRT?

Esta vantagem pode ser reduzida ou até mesmo deixar de existir, no caso do tempo perdido pela demora dos ônibus das linhas alimentadoras e no caso do tempo perdido pela necessidade de esperar passar os ônibus do BRT, nas estações e nos terminais, para que os passageiros possam pegar os mais vazios.


- São muitos semáforos, são muitos. Mas como pode ser diferente?

Um dos pontos dos que reduzem as vantagens do BRT é a quantidade de semáforos nas suas vias. Além da questão de segurança, há uma relação com a questão da redução da velocidade média dos ônibus deste sistema. Para tornar diferente do que está, haveria a necessidade da construção de várias passarelas, viadutos e mergulhões, o que aumentaria muito o custo do sistema, assim como teria um grande impacto na estética das localidades.



- Os mais e os menos beneficiados. As baldeações.

Os usuários que mais se beneficiam com o BRT são os que menos se deslocam das estações e dos terminais, ou seja, são aqueles que cuja partida está mais próxima do local de embarque e cujo destino está mais próximo do local de desembarque. E convenhamos, estas não são condições da maioria dos usuários. É claro que nos modais de transportes sem contestação na função de transporte de massa eficiente, esta é uma característica que apresentam, mas o motivo de abordar aqui, o nível de benefício do sistema BRT no que tange à proximidade com os locais de embarque e de desembarque, é deixar claras as condições deste benefício. Nem mais, nem menos.

Há situações de passageiros que utilizavam 1 só ônibus, passaram a fazer 2 baldeações, ou seja, passaram a utilizar 3 ônibus. Além disso, há casos em que o excesso de baldeação causa muita dificuldade, ainda mais quando os ônibus estão lotados, como por exemplo: pessoas com compras, pessoas com crianças – muito mais com crianças no colo-, idosos, pessoas com comprometimento da saúde física, ...

Portanto, ao analisarmos um serviço de transporte público urbano, é necessário verificar se ele está em condições de atender, assim que for implantado, um determinado número de demandas de boa parte dos usuários e não somente as demandas de uma minoria.


- Superlotação.

É do conhecimento de muitos que os ônibus do BRT não passam lotados somente nos horários de rush (horários de pico). A gestão do sistema cita que trabalha para atender a demanda. A questão é: como ela deseja atender a demanda? Há relatos de grandes e constantes dificuldades dos passageiros do BRT em função da lotação.

Quando boa parte dos passageiros das localidades em questão é "direcionada" a utilizar os corredores lineares do BRT, através da dita racionalização das linhas externas ao sistema, deve-se esperar que haja a superlotação dos ônibus do BRT. É claro que a afirmação de linearidade dos corredores do BRT pode ser contestada pelas ações que podem ser vistas como ações paralelas (expresso, semidireto, direto,...), mas no fim das contas, a via é uma só, a via é linear: o corredor, o tronco.



- Mobilidade urbana e qualidade do serviço.

Não se deve considerar como um serviço de qualidade aquele em que seus usuários passam por sacrifícios ao utilizá-lo. Não é só o tempo de deslocamento que deve ser considerado. Deve-se considerar o sistema completo, inclusive com tudo que envolve as linhas alimentadoras e o tempo de espera. Além disso, deve-se considerar também, o conforto oferecido aos passageiros nos seus diversos deslocamentos (ida e volta ao trabalho, lazer,...).


Este texto abordou alguns aspectos do BRT e é claro que tais abordagens podem ser feitas, também, para o transporte urbano ferroviário e metroviário, cujos serviços também apresentam pontos positivos e negativos. Outras abordagens serão feitas, aqui neste site e com muito mais detalhes, a respeito do BRT. Até os próximos posts.

Vale acompanhar a página oficial do BRT (veja próximo link). Nela, muitas vezes os responsáveis por publicar nela, parecem ter um certo "humor" e, em função disso, melhores são os contrapontos feitos pelos comentários da maioria dos usuários.

BRT Rio - Página Oficial


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BRT do Rio – Rapidinhas

BRT Rio de Janeiro

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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A raposa, o galinheiro e o legislativo

O legislativo (câmara dos vereadores, câmara dos deputados estaduais e federais, senado) é a instituição responsável pela elaboração das leis. Tal instituição é formada pelo voto popular num sistema de democracia representativa. Em verdade, o que temos visto é o povo votar em seus algozes. Alguns dizem que o povo não sabe votar, mas num sistema infectado e tendencioso como este, não há como votar corretamente como muitos pensam que isto possa ser feito.

"Os contos de fadas são escritos para que as crianças durmam e os adultos despertem." (atrib. a Hans Christian Andersen)


Dentre tantos casos de corrupção no legislativo, eis alguns:

Anões do Orçamento

Lista de escândalos políticos no Brasil

Escândalos no Congresso

Na democracia representativa a probabilidade de irregularidades é enorme! É uma estrutura viciada, tendenciosa, que não favorece a maioria da população e na qual os ditos e eleitos "representantes" estão distantes dos representados e, desta forma, fazem o que bem entendem.

Ideias "não afins"

- Democracia Direta


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terça-feira, 9 de setembro de 2014

BRT do Rio - Passageiros passando aperto

Não há dúvida de que o BRT favorece aos passageiros na redução do tempo de viagem, mas não precisa querer favorecer a uma multidão de uma só vez fazendo lotação máxima dos ônibus. Assim a vantagem obtida com a redução do tempo de viagem fica comprometida pela perda de conforto e de segurança durante a viagem.






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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Pensar livremente é um exercício de libertação

Pensar com limites estreitos não é pensar livremente. O livre-pensamento nos afasta de parecermos máquinas guiadas por outros e nos livra de condicionamentos arquitetados por manipuladores. Se estas palavras fizeram com que você identificasse pessoas e fatos, se elas fizeram sentido para você, saiba que isso não é mera coincidência e que o livre-pensamento já é uma característica sua.

"Pensar equivale a abandonar um marco de segurança e vê-se lançado numa corrente de possibilidades." (atrib. a Pichon-Rivière)

"Libertei mil escravos. Podia ter libertado outros mil se eles soubessem que eram escravos." (atrib. a Harriet Tubman)


"Formar 'seres humanos' livres, donos de si mesmos e com a possibilidade de autodeterminar-se ... eis o papel da educação." (adaptação de um pensamento de Stirner)

"O homem mais poderoso é o que é dono de si mesmo." (atrib. a Aristóteles)

"A ditadura perfeita terá as aparências da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão." (atrib. a Aldous Huxley)



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