sexta-feira, 23 de abril de 2010

Barcos de Papel - Guilherme de Almeida

Versos Recitados

Barcos de Papel é um belíssimo soneto de Guilherme de Almeida.

Ideais de infância sofrem desgastes com o passar do tempo. Porém, muitos deles podem continuar conosco, vestidos com uma roupagem mais amadurecida e mais estável, sem perda significativa do objetivo original. Essa é a grande descoberta a ser feita e somente o próprio poderá, para si, realizá-la !


Barcos de Papel
Guilherme de Almeida

Quando a chuva cessava e um vento fino
franzia a tarde tímida e lavada,
eu saía a brincar pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.

Fazia de papel, toda uma armada;
e, estendendo meu braço pequenino,
eu soltava os barquinhos, sem destino,
ao longo das sarjetas, na enxurrada...

Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,
que não são barcos de ouro os meus ideais:
são feitos de papel, são como aqueles,

perfeitamente, exatamente iguais...
- Que os meus barquinhos, lá se foram eles!
Foram-se embora e não voltaram mais!


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1 Comentário:

Ebrael disse...

Lindo demais!!

Interessante do que ele se lembra; eu fazia a mesma coisa. Nosso terreno de família era baixo, mais ou menos um palmo abaixo da estrada. Quando chovia muito, nosso terreiro virava um oceano, e eu quando menino colocava pequenos tocos de madeira com 2 ou 3 bonequinhos, e os punha a navegar aquele "mar" depois da chuva, e viajava com eles para o "desconhecido"...

Minhas lembranças de infância me fazem afirmar que aquele é o melhor tempo de minha Vida.

Abçs!!

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