sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

São muitos os motivos

"Pensa, pensa, pensa...". Esta é uma fala de Jimmy Neutron, personagem de um desenho animado de mesmo nome. E por falar em pensar, mostra-se ser um equívoco pensar que um único motivo é responsável por um acontecimento. O que dizer de tudo que aconteceu que precedeu a última atitude considerada como motivo? Despreza-se tudo que aconteceu anteriormente? Não, a última atitude é apenas a "gota d’água". É um motivo que, junto a tantos outros, causa o "transbordamento".

"O hábito de achar sempre uma única razão para tudo empobrece o futebol." (Tostão)

"...E qualquer desatenção, faça não / Pode ser a gota d'água..." (música: Gota d'água. De Chico Buarque)

Numa observação desatenta, sem muita profundidade, a "gota d’água" passa a ser a única evidência que motiva uma ação. Porém, ela, junta a outras, apenas promove a exposição de sentimentos guardados que, assim que transbordam, geram emoção. A tal "gota d’água" poderia ser qualquer uma das tantas que vieram anteriormente se a ordem delas fosse mudada. O "transbordamento" não é tão dependente da gota individual ou da sequência das gotas, é mais dependente do "volume ocupado" pelo conjunto delas, é mais dependente da "soma" de todas elas.

A falta deste entendimento faz com que sejam produzidas frases como esta: "mas toda essa confusão é só por isso"? É...,este é um caso o qual aquele que fala só enxerga a "gota d’água" e não enxerga o conjunto delas.

Para tudo na vida, são muitos, são muitos os motivos.


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