Ser Cego - Uma realidade transformada em soneto
No soneto Ser Cego, o poeta Romildes de Meirelles expõe, com sabedoria e sentimento, uma realidade de quem, aos poucos, está perdendo a visão.
Ser Cego
Romildes de Meirelles
Não queira conhecer o sofrimento
daquele que não vê. É uma tortura
Não imaginar a cor na mente escura
que vê o mundo apenas pardacento.
Não poder enxergar, do firmamento,
o passeio do sol na curvatura,
nem o brilho da estrela que fulgura
ou a beleza do sol no nascimento.
Já que não posso ver com precisão,
pois vou ficando aos poucos sem visão,
fico escutando o murmurar das cores.
E na renúncia triste desta vida,
escuto em minha alma dolorida
o silencioso renascer das flores.
Romildes de Meirelles é poeta, membro e co-fundador da Casa dos Poetas do Rio de Janeiro. Participa das atividades do Espaço Cultural Profª Dyla Sylvia de Sá. É morador da Baixada de Jacarepaguá, no bairro da Praça Seca, e é gente que faz a cultura acontecer.
Veja o que foi publicado em Fatos e Ângulos sobre:
Baixada de Jacarepaguá - Gente que faz acontecer
Jacarepaguá - Baixada de Jacarepaguá
Versos
Ser Cego
Romildes de Meirelles
Não queira conhecer o sofrimento
daquele que não vê. É uma tortura
Não imaginar a cor na mente escura
que vê o mundo apenas pardacento.
Não poder enxergar, do firmamento,
o passeio do sol na curvatura,
nem o brilho da estrela que fulgura
ou a beleza do sol no nascimento.
Já que não posso ver com precisão,
pois vou ficando aos poucos sem visão,
fico escutando o murmurar das cores.
E na renúncia triste desta vida,
escuto em minha alma dolorida
o silencioso renascer das flores.
Romildes de Meirelles é poeta, membro e co-fundador da Casa dos Poetas do Rio de Janeiro. Participa das atividades do Espaço Cultural Profª Dyla Sylvia de Sá. É morador da Baixada de Jacarepaguá, no bairro da Praça Seca, e é gente que faz a cultura acontecer.
Veja o que foi publicado em Fatos e Ângulos sobre:
Baixada de Jacarepaguá - Gente que faz acontecer
Jacarepaguá - Baixada de Jacarepaguá
Versos
4 Comentários:
Por que será que quando me apaixono ao primeiro versolhar
o poeta é cego
ou não enxerga muito bem?
Eis-me aqui, encantada, e o poeta
Romildes de Meirelles não me vê.
Mas uma coisa é certa, pelos seus versos eu intuí: ele me sente.
Carmen
Quando li o seu comentário eu fiquei sem palavras, fiquei impactado. Você fez um outro poema, um belo poema.
Agradeço, muito, o seu construtivo comentário. Ele engrandeceu o post.
Abraços.
Nelson
Agradeço por suas gentis palavras, Professor.
Agradeço por seu Blog,
fonte inesgotável de Amor
por nossos amigos terráqueos,
e pela vida que pulsa em uníssono.
São tantas jóias neste tesouro;
o seu Blog é uma escola,
do jeito que as escolas devem ser
nos tempos de agora.
Faz feliz a gente perceber que
tipo de adulto está semeando
por essas vias virtuais,
e imagino o que não semeia e cultiva nas vias do seu cotidiano.
É uma dádiva, Professor.
Carmen
Grato, muito grato pela gentileza de suas palavras.
Abraços.
Nelson
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